Quando se trata de ficção científica eu admito que me divido muito. Filmes que envolvem robôs e/ou ETs eu nunca espero nada, pra então se for bom, eu ficar feliz e se for ruim eu pensar “pois é…” como sempre fiz com a franquia ‘Alien’.
Sempre estou um passo à frente.
Distrito 9 (District 9, 2009) foi um desses que gostei muito. O filme é uma mistura de história contada normal e documentário. Vou tentar explicar…
O contexto é o seguinte. Há 20 anos, uma nave extraterrestre parou sob o céu de Joanesburgo, na África do Sul. Nada acontencia, pelo visto a nave estava quebrada. A população de ETs parecidos com crustáceos que morava lá, teve de sair. Foi tudo ok, eles ganharam até um bairro, o próprio Distrio 9. Com o passar dos tempos eles eram até discriminados, criando aquele link com o racismo e Apertheid na África do Sul e tudo.. mas esse não é o nosso foco. Vamos nos conter ao que nos faz felizes: cinema.
Pois é, só que agora, 20 anos depois, a população dos “camarões” cresceu demais, e não dá mais pra eles ficarem onde estão. A MNU, o que pra mim é a versão fictícia da ONU, é quem gerencia tudo relacionado à esses ETs, e criaram um novo distrito para eles, longe da cidade e seguro para todo mundo!
Agora, a missão é fazer com que todos esses ETs, que já estão instalados e acostumados com o local onde moram, se mudem de lá para o distrito 10.
Eles querem fazer isso legalmente, pegando assinaturas dos ETs… Que merda heim? Até uma triscada no papel tá valendo!
O coordenador da tarefa é Wikus van der Merwe, interpretado brilhantemente pelo ator Sharlto Copley. Wikus é um protagonista completamente atípico. Não tem os talentos de sempre, como esperteza, sagacidade, destreza… Ele é um tapado, lerdo, lidera uma operação sem ter espírito de liderança, é medroso, tudo o que tem é o seu carisma. Um personagem assim nos faz torcer ainda mais por ele! Excelente personagem, nota 10!
Pois é, enquanto isso, uns camarões procuram um artefato misterioso.
E de fato encontram.
Bom, eu falei que o filme é uma mistura de história contada e documentário. Isso porque há partes do filme em que jornalistas, psicólogos ou estudiosos falam sobre o caso como se estivessem sendo entrevistados, além de mostrar trechos de gravação protagonizando Wikus amadoramente, como se estivesse filmando pro serviço. Adorei.
Voltando… Enquanto van der Merwe bate de porta em porta com sua trupe, ele chega à um barraco estranho, de um dos aliens que procurava um fluido no lixão. Wikus manda deter os ETs e encontra o tal fluido, que espirra em seu rosto. Ele pede pra essa parte ser cortada no relatório final. Mas é claro, nós vimos.
O dia passa e a tensão está no ar. Wikus passa mal após um tempo e ele diz que tudo que precisa é comer.
Claro, como bom nerd que é.
Essa imagem mostra uma das partes em que van der Merwe grava seus videos, então não tem nada a ver com a cena que ele passa mal, me processe.
Pois é, vamos parar com a enrolação. Wikus come um sanduíche e escorre um líquido enegrecido do seu nariz. Por coincidência é seu aniversário, e na festa ele vomita nas guloseimas.
É uma zona!
A mão do nosso heroi improvável tá se transformando em algo nojento e aos poucos vamos percebendo que tá ficando como a dos camarões.
Ele vai pro hospital da MNU e lá fazem uma série de testes com ele, inclusive com armas dos alienígenas que só podem ser usadas pelos crustáceos.
Nosso atrapalhado protagonista foge aos trancos e barrancos, e volta ao Distrito 9, para entender o que está acontecendo com ele. Chegando lá (mas que vergonha, só tinha maconha kkkkk)…
Sério, chegando lá, ele volta ao barraco em que tudo começou e pede ajuda ao ET que estava lá, e vê vários computadores e sistemas trabalhando em algo e fica cada vez mais confuso.
Vou tentar resumir que já tô me cansando…
Ele fica viciado em comida de ET, seu corpo cada vez mais está mudando, ele tenta cortar o braço sem sucesso, recupera o fluido em parceria com o ET cabeça na MNU. Isso para dar vida à nave e lá dar um jeito no problema de Wikus.
Mas nosso camarão amigo diz que tem que voltar à terra dele primeiro e após 3 anos que poderá ajudar Wikus.
Na altura do campeonato, Wikus já é o “homem” mais procurado da África do Sul e do mundo pela MNU.
Uma força tarefa tem início só pra ir buscar este cidadão no distrito, e uma verdadeira guerra começa. Aqui, já temos três partes envolvidas com Wikus: os camarões que estão de olho mais o ‘amigo’ de van der Merwe sempre com ele, a MNU encabeçada pelo Capitão Nascimento, e a milícia nigeriana liderada pelo Poderoso Chefão da savana que quer comer (literalmente falando, gente) Wikus para adquirir seus ‘poderes alienígenas’. Isso porque o trapalhão pode usar todo o armamento bélico dos ETs, que são destruidores.
Vamos encerrar.
Obviamente não vou entregar o final assim de mão beijada.
Vão procurar o filme e assistir, vale muito!
Esse filme é altamente recomendado por mim, mas há quem não goste. O final é excelente, eu garanto!
Não se trata de um simples filme que fala sobre um acidente científico. Podemos entender muito mais sobre discriminação vivenciando Wikus van der Merwe e os ETs, e o quanto homens que têm poder podem ser gananciosos o suficiente para passar por qualquer tipo de vida.
Eu diria que é inovador!
Por fim, gostaria de pedir desculpas pela ausência…
Aliás, desculpa uma ova, eu atualizo isso aqui por conta própria, não recebo um vintém, é pura paixão. Fiquem felizes de eu estar de volta!
Pelas barbas de Davy Jones…
E eu vou é simbora!!
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