quarta-feira, 18 de abril de 2012

10.000 A.C.

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Tá aqui um filme que tinha tudo para ser muito bom, e se mostrou uma enorme decepção!

10.000 A.C. (10,000 BC, 2008) se passa na pré-história...

Vou ser redundante...

...se passa na pré-história e conta a história de D’Leh, e seu amor por Evolet.

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O filme tem início com uma profecia da tribo de D’Leh, posso dizer que são os Pataxós? Pataxós são legais, não são?

A profecia dos pataxós diz que um dia uma garota chegaria para mudar o futuro da tribo e entre eles, surgiria um grande guerreiro. Daí surge a menina, que é Evolet, com uma aparência tão artificial quanto as dos filmes de Tim Burton.

Eu odeio aquele bando de cor e exagero que o Tim Burton tem feito, como em Alice no País das Maravilhas, por exemplo. Mas ei, o diretor aqui não é o Tim Burton, ok? É o Roland Emmerich, que dirigiu “2012” por exemplo, um bom filme!

Pois é. Entre os pataxós, há uma tradição: a de caça aos mamutes. Aquele que consegue matar o mamute líder do bando, vira o líder da tribo. Clichê, mas ok, vale pela adrenalina.

Acontece que com o tempo, menos manadas vêm surgindo e começa o tempo de vacas magras, digo, de mamutes magros... enfim, a galera ta passando fome. D’Leh um dia, com muita sorte, mata o mamute, por acidente, e uma intriga tola e infantil de que ele não se considera digno de ser o líder começa. Mas o filme não dá importância alguma a esse fato, então nem nós daremos.

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Um certo dia, chega uma horda de homens a cavalo, que os tribais chamam de “demônios de quatro pernas”, ou algo assim... Mas que coisa mais boba. São apenas homens montados em animais, pra quê inventar isso? Deviam então chamar coelhos de “demoninhos fofinhos de quatro pernas”. Sério, inútil isso... Sei que a humanidade na pré-história não era super inteligente, mas não saber distinguir um homem montado? Idiotice, senhor diretor...

Pois é, esses caras chegam detonando tudo sem motivo algum aparente, e raptam Evolet entre outros, daí chegamos ao ponto em que a história fica mais clichê que tudo. Tenho certeza que você já sabe. D’Leh vai perseguir os caras pra resgatar Evolet! TA-DAM!!!

Claro, pelo fato da história ser um clichê total, você também já sabe que ele consegue resgatar a moça.

Durante todos os cartazes e imagens veiculadas deste filme, sempre há uma foto de D’Leh enfrentando um tigre dentes de sabre. De fato ele encontra esse tigre, mas ele não enfrenta o bichano, ele o salva de um afogamento e após isso, o animal poupa a vida do cara, e isso se resume à uns 2 minutos de participação total do tigre. Porque tanto marketing em cima dele, então?

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Ma bene, isso acontece em uma outra tribo. Os Guajajaras.

Os guajajaras também têm uma profecia: a de que um grande guerreiro surgiria quando este conversar com um dentes de sabre, ou algo do tipo, e esse guerreiro lideraria um exército pra enfrentar os demônios sei lá de onde para a libertação do povo e bla di bla di bla...

Ok, D’Leh agora se vê envolvido em duas profecias! Que grande droga heim? Confundir a cabeça do público é uma péssima idéia.

Então... muitos guerreiros de muitas tribos, sabendo dos rumores, se juntam na busca de D’Leh. Agora tem pataxó, guajajara, yanomami, xingu, xavante... várias tribos reunidas pra uma festa na fogueira guerra.

É, to por dentro da cultura brasileira, rapaz...

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Pois é, mas levam Evolet pro Egito, ou um lugar que deveria ser o Egito, e nosso campeão vai até lá.

Chegando lá... mas que vergonha, só tinha maconha, os maconheiro tavam doidão, pra comer feijão...

*cof cof*

Deculpem, eu viajei com esse ‘chegando lá’. Sempre lembro dessa música quando vejo um ‘chegando lá’.

Ok, voltando. Chegando lá (mas que vergonha... kkk) Evolet é envolvida em uma nova profecia!

Que saco, cara! 3 profecias? Acontece que Evolet tinha umas cicatrizes nas mãos, que mostravam a marca não sei do quê, e que um GRANDE GUERREIRO viria atrás da mulher com essa marca, um guerreiro que destruiria esse império.

Adivinhem quem? Claro, D’Leh!

10,000 BC

Bom, deixa eu dar uma opinião agora.

10.000 A.C. é uma decepção pré-histórica. Personagens clichês, história clichê, efeitos especiais fracos, diálogos nada interessantes e muitas profecias. Pra quê esse bando de profecia? Isso confunde a cabeça do espectador. Hora não sabemos qual profecia está sendo concretizada, ou se são todas ao mesmo tempo. E o pior, se é uma profecia, é porque temos que lembrá-la durante o resto do filme, e três delas chega a ser enfadonho.

Não temos nenhum ator famoso de verdade neste filme. O rosto menos estranho é o de Cliff Curtis, o homem que faz o Senhor do Fogo Ozai com cara de paizão que falei no post passado. Aqui ele faz um personagem chamado Tic’Tic, o líder dos pataxós até então.

Tic’Tic? Tá brincando comigo? Acho que não dá pra levar a sério um cara chamado Tic’Tic, mesmo ele sendo um grande líder tribal.

Lá pelas tantas, a Velha Mãe, feiticeira da tribo de D’Leh demonstra poderes só agora no final sem mais nem menos, e salva a busca. Sinceramente isso soou ridículo.

Então, em vez do herói ser comido por um tigre dentes de sabre e por fim tornar-se um grande guerreiro de várias profecias, sabemos que ele tem sucesso na cruzada graças a intervenção da velha, o que tira bastante da força do personagem, e o deixa bem mais desinteressante do que já é.

Como eu falei na primeira frase desta postagem. 10.000 A.C. tem um ambiente tão rico, que poderia fazer um filme tão bom, mas se mostra um monte de bagunça e esculhambação chata.

Vale apenas para conhecer um mundo de culturas ””””””””””novas”””””””””” e a aventura.

E eu vou é simbora!

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